As escolas paroquiais eram instituições de ensino ligadas diretamente a uma paróquia, muito comuns nas comunidades rurais e de imigração no Brasil — especialmente entre alemães, italianos e poloneses, do final do século XIX até meados do século XX.
Eram escolas comunitárias, mantidas pela Igreja e pela própria comunidade.
O ensino era elementar, mas bastante sólido para a época.
As escolas paroquiais tinham três objetivos centrais:
1. Educação básica das crianças, num contexto onde o Estado ainda não oferecia escolas suficientes.
2. Formação religiosa e moral, integrada à vida da paróquia.
3. Preservação da língua, da fé e da identidade cultural dos imigrantes.
Elas eram mantidas pela comunidade local (mensalidades simbólicas, trabalho voluntário, doações), estavam sob orientação do pároco e, muitas delas estavam integradas a redes católicas, como as incentivadas pelo Volksverein - Sociedade União Popular.
Aqui há um ponto que dialoga diretamente com o livro OMNIBUS OMNIA: o Volksverein via a escola paroquial como base da formação do “colono católico consciente”, ao lado da família, da cooperativa e da imprensa católica, como a Sankt Paulusblatt.
As escolas paroquiais começaram a perder espaço com a expansão do ensino público estatal e, sobretudo, durante a Campanha de Nacionalização do Estado Novo (1937–1945) quando o ensino em língua alemã foi proibido e muitos estabelecimentos fechados ou transformados em escolas públicas.